Compositor: Georges Brassens
Sem seus cabelos que esvoaçam
Eu terei, daqui por diante
Uma dificuldade louca
Para ver de onde o vento vem
Tudo é bom nela, não há nada a se jogar fora
Para a ilha deserta, é preciso levar tudo
Pergunto-me como
Sobreviver sem suas bochechas
Que me oferecem belas maçãs
Novas a cada dia
Tudo é bom nela, não há nada a se jogar fora
Para a ilha deserta, é preciso levar tudo
Sem seu colo, minha cabeça
Desprovida de almofada
Descansaria no chão
E nada é mais nocivo à saúde
Tudo é bom nela, não há nada a se jogar fora
Para a ilha deserta, é preciso levar tudo
Sem seus quadris sólidos
Como fazer amanhã
Se eu perder o equilíbrio
Para me agarrar com as mãos
Tudo é bom nela, não há nada a se jogar fora
Para a ilha deserta, é preciso levar tudo
Ela tem mil outras coisas
Preciosas ainda
Mas, à guisa de espetáculo, não me atrevo
A dar todo o corpo dela
Tudo é bom nela, não há nada a se jogar fora
Para a ilha deserta, é preciso levar tudo
Encantos da minha amiga
Deixo de lado, e os melhores
Vossas aulas de anatomia
Ide tomá-las em outro lugar
Tudo é bom nela, não há nada a se jogar fora
Para a ilha deserta, é preciso levar tudo
Aliás, é o ponto fraco dela
Ela é muito apegada aos seus ossos
E nunca se deixa-
Ria cortar em pedaços
Tudo é bom nela, não há nada a se jogar fora
Para a ilha deserta, é preciso levar tudo
Ela é um pouco orgulhosa
E bastante melindrosa
E deve-se, por inteiro
Pegá-la ou largá-la
Tudo é bom nela, não há nada a se jogar fora
Para a ilha deserta, é preciso levar tudo