Pénélope (tradução)

Original


Georges Brassens

Compositor: Georges Brassens

Tu, a esposa-modelo
O grilo do lar
Tu, que não tens rasgos
No teu vestido de noiva
Tu, a intratável Penélope
Seguindo tua pequena
Felicidadezinha comum
Não acalentas nunca
Muito honradamente
Belos pensamentos proibidos?
Belos pensamentos proibidos?

Atrás de tuas cortinas
No teu justo meio social
À espera da volta de
Um Ulisses de periferia
Debruçada sobre teus bordados
Nas noites de tédio
E melancolia
Tu nunca, em sonho
No céu de outro leito
Contaste novas estrelas?
Contaste novas estrelas?

Tu ainda nunca
Desejaste de coração
A paixãozinha que passa
Que te pega pelos cabelos
Que te conta frivolidades?
Que põe a margarida
Na tua horta
A maçã proibida
Nos ramos do teu pomar
E desordem em tuas rendas?
E desordem em tuas rendas?

Nunca desejaste
Rever, pelo caminho
Aquele anjo, aquele demônio
Que, com o arco na mão
Atira flechas malignas?
Que devolve a carne de mulher
Às mais frias estátuas
Retira-as do pedestal
Desequilibra sua virtude
Arranca sua folha de vinha?
Arranca sua folha de vinha?

Não temas que o céu
Te culpe por isso
Realmente, não há aí
Razão para castigar um coração
Que perde o rumo e galopa
É o erro corrente
E o pecado venial
É a face oculta
Da lua de mel
E o preço pelo resgate de Penélope
E o preço pelo resgate de Penélope

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