Oncle Archibald (tradução)

Original


Georges Brassens

Compositor: Georges Brassens

Ó vós, os mentirosos
Todos os velhacos, os charlatães
Os profetas
Não conteis mais com Tio Arquibaldo
Para pagar o pato
De vossos jantares

Correndo atrás de um ladrão
Que acabava de lhe roubar a hora
Do relógio
Tio Arquibaldo, sorte marota
Encontrou
Sua Majestade, a Morte

Como uma mulher que roda a bolsinha
Ela andava de um lado para o outro
Na calçada do cemitério
Desencaminhando os homens ao levantar
Pouco mais alto do que a decência impõe
Seu sudário

Tio Arquibaldo, com tom zombeteiro
Disse-lhe: “Vai pendurar teu esqueleto
Em outro canto
Fora as fêmeas mirradas!
Viva as belas um tantinho
Redondinhas! ”

Então, mostrando-se furiosa
A Morte ergueu a grande foice
De agrônomo
Que estreitava em sua mortalha
E ceifou com um único golpe, um só
O homenzinho

Como ele não parecia contente
Ela disse-lhe: “Faz muito tempo
Que te amo
E nosso himeneu
Estava previsto desde o dia
De teu batismo. "

“Se te deitares nos meus braços
Então, a vida te parecerá
Mais fácil
Estarás aqui fora do alcance
Dos cães, dos lobos, dos homens
E dos imbecis. "

“Ninguém contestará teus direitos
Poderás gritar: “Viva o rei! ”
Sem intriga
Se te der vontade de mudar
Poderás gritar sem perigo
“Viva a Liga! ”

“Teu tempo de otário já passou
Ninguém mais te vai confiscar
Teu animal
Os “Sim, senhor! ” não mais vigorarão
Nunca mais terás que baixar
A cabeça "

E meu tio acertou o passo pelo
Da bela, que não parecia
Tão feroz
E ei-los de braços dados
Ei-los que foram não sei aonde
Consumar o casamento

Ó vós, os mentirosos
Todos os velhacos, os charlatães
Os profetas
Não conteis mais com Tio Arquibaldo
Para pagar o pato
De vossos jantares

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