Le Pluriel (tradução)

Original


Georges Brassens

Compositor: Georges Brassens

Prezado senhor, disseram-me, o senhor também é um
Quando me recusei a pegar o trem deles
Sim, provavelmente, mas eu não dou uma de bom apóstolo
Não preciso de ninguém para ser um

O plural de nada serve para o homem e assim que
Somos mais de quatro, não passamos de um bando de imbecis
Bloco do eu sozinho, ora bolas, é a minha regra e disso faço questão
Entre os nomes dos que partem não se verá o meu

Deus! Quantas procissões, quantos monômios, quantos grupos
Quantos ajuntamentos, quantos cortejos diversos
Quantas ligas, quantos bandos, quantas corjas, quantas tropas!
Para tal inventário, só mesmo um Prévert

O plural de nada serve para o homem e assim que
Somos mais de quatro, não passamos de um bando de imbecis
Bloco do eu sozinho, ora bolas, é a minha regra e disso faço questão
Entre os gritos dos lobos, não se ouve o meu

Sim, a causa era nobre, era justa, era bela!
Estávamos apaixonados, casamo-nos com ela
Desejávamos ser felizes com ela, todos nós
Mas éramos muito numerosos, nós a contrariamos

O plural de nada serve para o homem e assim que
Somos mais de quatro, não passamos de um bando de imbecis
Bloco do eu sozinho, ora bolas, é a minha regra e disso faço questão
Entre os nomes dos eleitos, não se verá o meu

Eu sou aquele que passa ao lado das fanfarras
E que canta, em surdina, uns acordezinhos irreverentes
E digo a esses senhores, que se assustam com as minhas notas
« Sou tão músico quanto vocês, bando de barulhentos! »

O plural de nada serve para o homem e assim que
Somos mais de quatro, não passamos de um bando de imbecis
Bloco do eu sozinho, ora bolas, é a minha regra e disso faço questão
Nas fileiras de carteiras, não se verá a minha

Para beijar a mulher, se for preciso sermos doze
Prefiro divertir-me sozinho, caramba!
Sou aquele que mantém distância das surubas
O obelisco é um monolito, é ou não é?

O plural de nada serve para o homem e assim que
Somos mais de quatro, não passamos de um bando de imbecis
Bloco do seu sozinho, ora bolas, é a minha regra e disso faço questão
No feixo de falos não se verá o meu

Sem um tico de inveja dos mortos em hecatombes
Espero ser grande o bastante para deixar este mundo sozinho
Não quero que me ajudem a descer ao túmulo
Divido qualquer coisa, menos minha mortalha

O plural de nada serve para o homem e assim que
Somos mais de quatro, não passamos de um bando de imbecis
Bloco do seu sozinho, ora bolas, é a minha regra e disso faço questão
No feixo de tíbias não se verá a minha

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