Le Fossoyeur (tradução)

Original


Georges Brassens

Compositor: Georges Brassens

Deus sabe que, no fundo, não sou mau
Nunca desejo a morte das pessoas
Mas, se não se morresse mais
Eu morreria de fome no meu barranco

Sou um pobre coveiro

Os vivos acreditam que não tenho remorsos
Ao ganhar meu pão às custas dos mortos
Mas, isso me aflige e, aliás
Enterro-os a contragosto

Sou um pobre coveiro

E, quanto mais dou vazão à minha emoção
Mais os colegas riem de mim
Dizem-me: Meu velho, de vez em quando
Fazes cara de enterro

Sou um pobre coveiro

Embora eu diga a mim mesmo que nada é eterno
Não posso achá-la muito natural
E nunca chego
A considerar a morte como é

Sou um pobre coveiro

Nunca te vi mais gordo, bom morto, adeus!
Se, do fundo da terra, se vê o bom Deus
Diz-lhe o quanto me custou
Jogar a última pá de terra

Sou um pobre coveiro

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