Compositor: Georges Brassens
Ainda que esses sacanas desses burgueses
As chamem de mulheres de vida fácil
Não é todo dia que elas gracejam
Palavra de honra, palavra de honra
Não é todo dia que elas gracejam
Pois, mesmo com “pés-de-galinha”
Andar para lá e para cá nas ruas
É cansativo para os gambitos
Palavra de honra, palavra de honra
É cansativo para os gambitos
Não só elas têm calos
Olhos-de-peixe, mas, ainda
É uma loucura como gastam os sapatos
Palavra de honra, palavra de honra
É uma loucura como gastam os sapatos
Há clientes, há filhos da puta
Que nunca se banham em água
No entanto, é preciso que elas os adulem
Palavra de honra, palavra de honra
No entanto, é preciso que elas os adulem
Que elas lhes sirvam de escadinha
Para subir ao sétimo céu
Seu dinheiro, não pensem que é roubado
Palavra de honra, palavra de honra
Seu dinheiro, não pensem que é roubado
Elas são desprezadas pelo público
Elas são agredidas pelos milicos
E ameaçadas pela sífilis
Palavra de honra, palavra de honra
E ameaçadas pela sífilis
Ainda que, toda a vida, elas façam amor
Que se casem vinte vezes por dia
O casamento nunca é coisa para elas
Palavra de honra, palavra de honra
O casamento nunca é coisa para elas
Filho de mulher estúpida com zé-ninguém
Não ria da pobre Vênus
A pobre panela velha
Palavra de honra, palavra de honra
A pobre panela velha
Faltou pouco, meu caro
Para que essa puta fosse sua mãe
Essa puta da qual você ri
Palavra de honra, palavra de honra
Essa puta da qual você ri