La Ballade Des Gens Qui Sont Nés Quelque part (tradução)

Original


Georges Brassens

Compositor: Georges Brassens

É verdade que são agradáveis todos esses vilarejinhos
Todos esses burgos, esses lugarejos, esses lugares-ditos, essas cidadelas
Com seus castelos fortificados, suas igrejas, suas praias
Eles têm um só ponto fraco e é o de serem habitados
E é o de serem habitados por gente que olha
O resto com desprezo, do alto de suas muralhas
A raça dos chovinistas, dos usuários de insígnias
Os imbecis felizes que nasceram em algum lugar
Os imbecis felizes que nasceram em algum lugar

Malditos sejam esses filhos de sua mãe pátria
Empalados, de uma vez por todas, em seu campanário
Que nos mostram suas torres, seus museus, sua prefeitura
Fazem com que vejamos a região deles até ficarmos estrábicos
Quer saiam de Paris, ou de Roma, ou de Sète
Quer de onde Judas perdeu as botas, ou mesmo de Zanzibar
Ou até de Meuku, eles vangloriam-se, caramba!
Os imbecis felizes que nasceram em algum lugar
Os imbecis felizes que nasceram em algum lugar

Não se encontra areia mais fina do que aquela na qual
Suas fofas avestruzes enfiam a cabeça
Quanto ao ar que usam para encher suas tripas de boi
Suas bolhas de sabão, é sopro divino
E, pouco a pouco, ei-los que erguem o nariz
Até pensar que o coco feito por seus cavalos
Mesmo os de madeira, causa inveja em todo o mundo
Os imbecis felizes que nasceram em algum lugar
Os imbecis felizes que nasceram em algum lugar

Não é um lugar comum aquele onde nasceram
Eles lamentam do fundo do coração os pobres malfadados
Os pobres desastrados que não tiveram a presença
A presença de espírito de virem à luz na terra deles
Quando o sino toca a rebate sobre sua precária felicidade
Contra estrangeiros mais ou menos bárbaros
Eles saem de seu buraco para morrerem na guerra
Os imbecis felizes que nasceram em algum lugar
Os imbecis felizes que nasceram em algum lugar

Meu Deus, como faria bom tempo na terra dos homens
Se não se encontrasse ali essa raça inconveniente
Essa raça importuna que abunda por toda a parte
A raça da gente da terrinha, da gente de casa
Como a vida seria bela em quaisquer circunstâncias
Se Vós não tivésseis tirado do Nada esses palermas
Boa prova, talvez, de Vossa inexistência
Os imbecis felizes que nasceram em algum lugar
Os imbecis felizes que nasceram em algum lugar

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