Compositor: Georges Brassens / Louis Aragon
Nada jamais é dado ao homem, nem a sua força
Nem a sua fraqueza, nem o seu coração, e quando pensa
Abrir os seus braços, sua sombra é a de uma cruz
E quando ele pensa agarrar a sua felicidade, ele a destrói
Sua vida é um estranho e doloroso divórcio
Não há amor feliz
Sua vida se assemelha a estes soldados desarmados
Que foram vestidos para outro destino
De que lhes serve este levantar de manhã
Eles, que encontramos à noite desarmados, incertos
Diga estas palavras minha vida, e segure suas lágrimas
Não há amor feliz
Meu belo amor, meu caro amor, minha ferida
Te carrego em mim como um pássaro ferido
E estes, sem saber nos olham passar
Repetindo depois de mim as palavras que trabalhei
E que pelos teus grandes olhos, prontamente morreram
Não há amor feliz
O tempo de aprender a viver, e já é tarde demais
Que chorem numa só voz os nossos corações
O que é preciso de infelicidade para a menor música
O que são necessários de lamentos para um arrepio
O que são necessários de soluços para um som de guitarra, não há amor feliz
Não há amor que não seja destinado à dor
Não há amor que não nos deixe ferido
Não há amor que não nos fenece
E não mais que você, amor à pátria
Não há amor que não viva de lágrimas
Não há amor feliz
Mas é o nosso amor, a nos dois