Histoire de faussaires (tradução)

Original


Georges Brassens

Compositor: Georges Brassens

Recortando-se sobre campo azul
A fazenda era falsa, é claro
E a palha, que servia de telhado
Devidamente sintética

No fundo de uma alameda de falsos buxos
Vislumbrava-se um falso poço
Do fundo do qual a verdade
Nunca deve ter saído

E a propietária do lugar
Num traje, palavra de honra, bem atraente
De fazendeira de comédia
Desceu ao meu encontro

E o meu buquezinho, de repente
Pareceu sem-graça naquele jardim
Perto dos maciços de falsas flores
Que tinham as mais vivas cores

Tendo pisado na falsa grama
Segui-a pela casa
Onde brilhava, sem se consumir
Uma espécie de fogo sem fumaça

Na frente de um falso bufê Henrique II
Alinhados sobre as estantes
Da bibioteca de madeira falsa
Falsos livros, comprados por peso

Falsa tapeçaria Aubusson, falsas armaduras
Falsos quadros de mestres na parede
Pérolas falsas e falsas joias
Falsas pintinhas sobre as faces
Unhas falsas na ponta das mãozinhas
Piano tocando falsas notas
Com teclas que não deviam
Seu marfim aos elefantes

À luz de falsos candelabros
Tirando suas falsas rendas
Ela disse, mas não era certeza
Tu és meu primeiro passo em falso

Falsa virgem, falso pudor
Falsa fevre, simuladores
Aqueles anjos artificiais
Vindos de um falso sétimo céu

A única coisa um pouco sincera
Nessa história de falsário
E contra a qual não é preciso
Talvez, fazer registro falso
É a minha queda por ela
E meu grande ponto do lado do pulmão
Quando ela ficou apaixonada
Por um verdadeiro marquês de Carabás

Neste caso, Cupido
Comportou-se com falsidade
Como verdadeiro falso testemunho
E Vênus também; no entanto
Seria, provavelmente, mentir
Por omissão não dizer
Que, mesmo assim, lhes devo
Uma hora autêntica de verdadeira felicidade

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