Compositor: Georges Brassens
Na água da clara fonte
Ela se banhava inteiramente nua
Uma mudança brusca de vento
Lançou suas roupas às nuvens
Em apuros, ela me fez sinal
Para ir buscar, de modo a vesti-la
Ramos de folhas de uva
Flores de açucena, ou flores de laranjeira
Com pétalas de rosa
Fiz-lhe um pedaço de corpete
A bela não era muito gorda
Uma só rosa bastou
Com ramos de videira
Fiz-lhe um pedaço de saiote
Mas, a bela era tão pequena
Que uma só folha bastou
Ela me estendeu os braços, os lábios
Como se para me agradecer
Eu os peguei com tanto ardor
Que ela ficou toda despida
A brincadeira deve ter agradado à ingênua
Pois, à fonte, muitas vezes
Ela foi-se banhar toda nua
Rogando a Deus que houvesse vento
Que houvesse vento