Bécassine (tradução)

Original

Georges Brassens

Compositor: Georges Brassens

Um campo de trigo criava raízes
Debaixo da coifa de Becassine
Os que procuravam o Velocino de Ouro
Alhures estavam terrivelmente errados
E os senhores da vizinhança
Os figurões, personagens importantes
Sonhavam com juntar ao seu brasão
Um caracol de seu velo
Um campo de trigo criava raízes
Debaixo da coifa de Becassine

Foi uma espécie de pobretão
Que não tinha nem sombra de um terreninho
Que ela deixou pendurar-se, vencedor
Nas pontas de seus caracóis
Foi uma espécie de campônio
Um namorado sem categoria
Que poderá cantar a canção
Do trigo de ouro em qualquer estação
E até a hora da morte
Com os diabos!

No fundo dos olhos de Becassine
Duas pervincas criavam raízes
Tão bonitas que Semiramis
Nunca conseguiu se recompor por isso
E os sobrenomes com maiúsculas
Os cupidos com partículas
Cederiam todos os bens adquiridos
Em troca daquele buquê
No fundo dos olhos de Becassine
Duas pervincas criavam raízes

Foi uma espécie de vigarista
Que não tinha nem sombra de um jardim
Um pretendente sem nada de nada
Que fez com que ela tivesse olhar terno
Foi uma espécie de campônio
Um namorado sem categoria
Que poderá cantar a canção
Das flores azuis em qualquer estação
E até a hora da morte
Com os diabos!

Em sua boca, duas belas ginjas
Duas cerejas muito dignas
Muito dignas da cesta
De Madame de Sévigné
Os fidalgotes, os fidalgos arruinados
Todos loucos por ela, idólatras
Esvaziariam totalmente os bolsos
Para ganharem aquelas duas ginjas
Muito dignas da cesta
De Madame de Sévigné

Foi uma espécie de forasteiro
Que não tinha nem sombra de um pomar
Que fez com que se abrissem, que estreou
Seus belos lábios vermelho-vivo
Foi uma espécie de campônio
Um namorado sem categoria
Que poderá cantar a canção
Do tempo das cerejas em qualquer estação
E até a hora da morte
Com os diabos!

Foi uma espécie de campônio
Um namorado sem categoria
Que poderá cantar a canção
Do tempo das cerejas em qualquer estação
E até a hora da morte
Com os diabos!